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Auto racismo II

12/4/2013

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Emerso nesta ideia de que os portugueses são racistas, (não suportam portugueses), tenho vogado pelas ruas tentando estar sempre atento a esta ditadura dos loiros, incógnita para os mesmos.
Que é feito dos morenos? Quem, além de Camões, disse que o povo vão aprecia os nórdicos traços e não os negros cabelos e os bonitos olhos castanhos?

Mas não é o povo que pendura cartazes.Nem é o povo que é loiro de olho azul. Esta ideia toda sai da mão dos publicitários que fazem muito mais que comprar anúncios de fora ou imagens de outros países, eles fazem anúncios cá e com malta de cá, curioso é que proporcionalmente os morenos estejam tão mal representados neste espécie de imagética para as massas.

No cartaz acima temos uma intenção de propaganda política aliada a um desejo de mobilização e pensamento positivo.
Num país urbanísticamente caótico, colocar uma criança num acto de propaganda é de mau gosto, acima de tudo quando se diz que Albergaria-a-Velha é nova e foi feita a pensar em ti (jovem alfabetizado).
Vale pela intenção da imagem pois a nível de uma desconstrução, é uma anedota, desde logo pela associação de uma Junta de Freguesia a um plano de potenciação da juventude, nado e criado por certo em 4 anos de potencial mandato.  A utilização de uma criança e de uma imagem de dinamismo em prol de crianças, é mensagem que se destina a adultos, a criança é nos dias de hoje o veículo da anuência bovina das populações, um filão de ouro explorado até à exaustão pela propaganda, no qual o silogismo é simples, o apego das pessoas às suas crianças é tal que estão dispostas a qualquer sacrifício, ACRITICAMENTE, e apenas porque sim.
A criança é a coqueluche social, onde até já uma junta do interior manipula para programa eleitoral.

Tudo com crianças à nossa volta, tudo para elas, a sociedade tornou-se esquizóide, a idealização da pureza da criança, e da naturalidade da sua tirania, serve de modelo para adultos, a publicidade tenta também que nós sejamos crianças, de modo a que sejamos levados por caprichos e emoções ao invés de pensamento ponderado.
A emoção e o apelo a ela é outra das ferramentas da propaganda organizada, o ser que se move por certo conceito de 'emoção' dispensa o exercício reflexivo.
Logo é tão bom ou melhor cliente que o pai analfabeto funcional que gosta de se pensar no mundo leibniziano em que as crianças são o centro de tudo, e a atmosfera de
Pollyanna , na qual este ar é inspirado sem pensar muito nisso.
Note-se no cabelinho loiro do petiz.
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Esta última foto foi tirada num dos sucateiros, perdão, centros de tratamento de resíduos da região de Lisboa. Como a que a precede, destacamos dois elementos, as crianças como símbolo de um mundo melhor ou de algo porque lutar na vida de merda do dia a dia, e os tais traços teutónicos omnipresentes neste país próximo de África.
Deixamos aqui o testemunho, a ele voltaremos oportunamente.
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A foto acima foi tirada numa sapataria de bairro. De notar o controlo internacional do mercado de fotos, por parte dos setentrionais, pois até no bairro mais recôndito aparece a figura de uma loiraça a apelar para a adesão ao cartão exclusivo da sapataria de bairro.
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